14/02/2013

{{: carta para as helenas

como você vai???
fiquei muito comovida com sua carta e suas doces preocupações.
também sinto muitas saudades e por aqui um frio que trinca o chão, não ajuda.

minha querida, eu entendo todas as suas colocações e ainda as adoro! porque possuem um brilho inteligente que me fascinam.
mas,
eu nunca escolherei o caminho com placas. e... sinceramente... é de rir... mas é a verdade... as sinalizações e as placas... não as entendo. me confundem, porque passo muito tempo pra me convercer internamente do sentido daquilo e pior...que a falta de sentido é o sentindo comum...
isso me é um exercício enorme.

sabe que a floresta amazônica é meu lugar de origem? nunca estive lá. e não preciso estar. me movo perfeitamente entre sua explosiva diversidade e sua dimensão avassaladora. minha fantasia é perfeitamente casada com milhões de passáros e bilhões de formigas. com índias fantásticas e pajés safados. com o medo  dos deuses humanos e a adoração por ornamentos inúteis.
agora... estradas... me dão pavor. pavor de perder tempo, pavor de que grude em minha alma aquele sentido reto que enrijesse as articulações.

e não quero dizer com isso que encontrei um jeito melhor de viver. mas, encontrei o meu jeito.
e nesse meu jeito de viver
eu tenho que dançar de mais. dançar exaustivamente.
e em todas todas todas estas danças, quero você como minha companheira.

não demore pra voltar. não demore nunca, porque os abraços acumulam-se pelos cantos e estão presos nas teias de aranha.

muito do coração, poeta

ps - os beijos não vão por aqui, vão pelo ar. no som dos gemidos que darei daqui a alguns minutos, quando gozar pensando em vc.





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