04/02/2013

{{: uma palavra diferente sobre a dor




não espere que eu vá pelo mesmo caminho de sempre... nunca fui.... nunca irei... 
vê a imagem dessa preta? ela está feliz? triste? derrotada? forte? a mim, parece que está pronta. e não pronta porque sabe do mundo. não é preciso só saber do mundo, como não é preciso só vivê-lo. ambas as coisas não dão garantia nenhuma e a recompensa é sempre mais simples do que nossa capacidade contaminada com sonhos de plástico dá conta de captar.
o que a dor exige é desenvoltura entre os milhões de alfinetes que, de repente, se instalam. cada movimento sobe ao palco, porque dói e quer ser tratado com palmas e especial atenção, afinal, a tristeza é sempre mais eficaz do que o prazer, nesse mundo costurado pelo contrário. não caio nessa...
olho a imagem dessa preta e entendo como ela está pronta para o que vier. e não porque tudo é em vão e tanto faz.
ela é mais preta quando está nua e gosta disso. por isso, aprendeu que é quando está pelada que as coisas realmente importantes acontecem.
ela não tem medo, o que não implica em assumir um cuidado e, às vezes, abaixar a cabeça.
ela é linda, não como os outros precisam para si que o outro seja bonito. ela se habita e se experimenta bela.
ela sabe que as garras da dor não se prendem a um corpo suado, mole e macio.
alías... ela desconfia que a dor não possui garras, se você não precisar de um escudo, contra você mesmo.

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