
vejo-lha aos pedaços de cores. cinza, azul e preto
e me chega fermentada com aquarelas vencidas. repinta todos os quadros da casa de branco
e me olha
convocativa para o
amor enjaulado nos muros de sua bela e aguda fragilidade
faremos poemas?
faremos comida?
faremos filhotes uma na outra?
pintaremos o cabelo pra dizer a cor de nosso espírito valente e surrado?
sem medo, sem coragem, sem dor
vamos andar de mãos dadas, eternamente e bem devagar
num grande supermercado procurando um vinho...
azul.
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molhem o orquídea...