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AOS POUCOS... BROTAMOS EU E A TERRA... É NECESSÁRIO ESFREGAR A MÃO NO BARRO PARA COLHER NOSSAS PEQUENAS MUDINHAS NUAS

SOU ISSO, CHÃOZADA, NUVEM DE PÓ COLORIDO, MADEIRA VIRGEM ESCULPIDA PELO VENTO PORNOGRÁFICO QUE LAMBE E LAMBE E LAMBE ÁRVORES E PÉTALAS E GRAMINHAS VERDES

VALHO DOIS REIAIS - COM UM REAL COMPRO A MADEIRA QUE ME ALIMENTA COM O OUTRO UM REAL COMPRO CUPINS E SOLTO EM MIM. DIA SIM DIA NÃO.

SOU ISSO, ESSE POUCO DE TERRA QUE OS VIRA-LATAS SEMPRE COM FOME
CARREGAM SOB SUAS PATAS E QUE
SUJA, ENVIVA, OCUPA POR BAIXO, TERREIA, QUALQUER CANTO DO MUNDO

A BARRO E DEIRAS-MÁ, FAÇO-MELA

VÊ QUE ENGULO TÉ RALAR NO ÁSPERO DA FERTILIDADE?

VÊ QUE O BICO DOS MEUS SEIOS ADORAM ENTERRAR-SE EM SUA BOCA?

 

DEIXE-ME DEITAR SOB UM PUNHADO DE TERRA ROXA

QUE  NASÇO MUNDOS INTEIROS DIANTE 
DA TUA VISTA HORRORIZADA 
E FAMINTA