chegar diante de si é uma coisa do karálio. primeiro vêm aquela apresentação que você considera tosca, porque é bizarro apresentar-se à você mesmo. mas, não é minha cara e meu caro... olha que pode tratar-se de desconhecidos!!! também há o medo implícito de uma possível reprovação ou decepção. daí toda aquela armadura inútil em forma de auto-defesa. dica: ofereça logo a honestidade, em outras palavras, arrie as calças, dê a bunda, saia no prejuízo, não se preocupe com eventuais perdas, porque o você mesmo não perde muito tempo com aquilo que você não é. o você mesmo fica entediado com blindagens de lixo. também há outra questão de suma importância: não tenha medo dos possíveis monstros, gente sem cabeça, vaginas tortas, jardins de gelo, suaves brutalidades, sacanagens mirabolantes que muito provavelmente você encontrará naquilo que o constitui mais finamente. todos somos escuros e claros, levamos no peito todos os tons e sabores. e, finalmente, caso após a derradeira apresentação você não encontre nada além de espaço, vento e cores vitais, com toda a satisfação eu afirmo que você poderá dar o parabéns mais verdadeiro pra você mesmo. e mais, talvez o único parabéns que realmente faça a vida ter sentido.
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molhem o orquídea...