sente-se. quer dizer, levante-se.
venha com o ventre fecundado. sei apenas fazer hortas. hortaliças e rúculas chacoalhando aromas de um amor estercado e verde.
lambuze seus pés com minha fertilidade.
não... nada é simples comigo. porque para seguir preciso apenas da luz do dia e da sombra de um lençol branco e lavado. de resto, quero comer outros lados. quero a fonte, que desaguar bastam as cachoeiras e suas tristes secas.
a tarde não termina às 18h59min
tem a hora do dia que lispector não colocou nos ponteiros
nela, fico nua, em carne viva. cheia de feridas que se curam apenas com pelos alheios.
sente-se. quer dizer, deite-se.
durma o sonho de sonos. refresque sua pele com a lua cheia.
retire a cueca. retire a calcinha. mastigue vaga-lumes e me faça poesias brilhais.
o sexo começa como as raízes. fincando-se.
sente-se. quer dizer,
entrelace
estrele-se
chuvista-se
fique gotejando em minha nuca
pingos de luares
caso seus olhos
tenham
brilho
Nenhum comentário:
Postar um comentário
molhem o orquídea...