no amor o tempo na ampulheta é farelo de pele
no amor o silêncio é de comer
no amor um toque movimenta o outono
no amor as coisas ficam nuas, o amor ama poros
no amor a razão se dissolve
na garganta,
na água que escorre pela calçada,
na garganta,
na água que escorre pela calçada,
na cor que vai sumindo com a sujeira dos sapatos usados
o amor pinta os hematomas de lilás
no amor filhos e flores e florestas e bosques e uma rosa branca em cima da mesa
no amor as ruas são países e uma casa é o universo
no amor eu ando olhando pra baixo procurando algum inseto, grama engraçada, pedra polida no meio de pedras tortas. no amor meu coração se perde todos os dias em algum momento, como perco as chaves todos os dias. perdida de amor... sem precisar de chave nenhuma, como um inseto. (borboleta é inseto? ES-CA-RA-VE-LHO, não é poesia essa palavra?)
por amor com qualquer chuvisco eu broto
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molhem o orquídea...