03/03/2015

{{: perseguição dos sentidos

sentimento goiaba bicha dentro-come, remela rosa. nunquinha fica. desaba brilhos cá, corre chão longo, pra lugares.
sentimento amulece e dura no mole. e fica espesso, querido, cuidado... humano?
olho ouvido cuspe e toque. tudo fundo. tudo longe daqui, empostado no agora seguinte que é melhor, melhor, sempre crescido.
e sozinhos. tudo amarradinho, junto e solitário luzente. uma de cada cor do arco-íris. que não é ruim enterrar o peito no tudo que pode e voltar mais cheio de ar. trouxinha de si pra viajar por ai-mundo-gente.
às vezes, um corte verde, uma farrapo lilás, um sol quebrado no vitral do espírito.
às vezes, um medo-jurubeba, um assutado-vodka-barata, um encantuado-lâmina.
e depois, o amanhecer seguindo nas montanhas do himalaia, de minas e da lua.
sem prévio plano de vôo, montada na primeira nuvem. matinhos-flores.

bicicleta com pneus cheios. panela de pressão fazendo vapor no ar. pé de cidreira plantado.

graça e temor, que a vida tem tudo dentro.

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