siga adiante com sua mala cheia de reclamações... e reticências...e preguiça disfarçada de melancolia,
que eu não caio mais nessa, nem naquela, nem em nenhuma de suas amarguras covardes.
a vida passou pela janela enquanto você só olhava para o meio de suas pernas.
amor não se pede.
amor não se tem.
amor se é...
o resto é resto, sobra, rebarba de afeto. e quem se contenta com resto é porque tem fome pequena. acho digno...cada um com seu cada qual...
só não dá pra mim, que olho uma flor, um menino, uma chuva e faço pestes poéticas imensas dentro de mim, que devoram todas as minhas mais tenras lavouras.
esse negócio de se contentar com alpiste, é pra pássaro de gaiola.
eu preciso gerar, plantar, colher minhas próprias sementes. há muito trabalho amoroso por aqui - noite e dia.
vá descansar do que você nem fez...
caminhe sobre os dias como se estivesse boiando...
com certeza devo parecer aos seus olhos uma louca espavitada ilógica e difícil. pode até ser. pode até ter um grande fundo de verdade...não há problema nenhum nisso.
pra abrir o céu com as mãos em dias nublados, só com muita irreverência mesmo...daí todo maluco vira nuvem em formato de cachorro, daí toda chuva gera goteiras, daí todo azul é precedido por um intenso cinza... mas, fazer o quê... viver é essa mistura de extremos.
e
eu não sou uma sobrevivente de nada. muito menos do amor...muito menos dele...
se você quer ser um e se quer viver coisas bonitas a partir disso, construa um belo farol, faça uma trincheira de hibiscos, use seu sangue como tinta pra flores miudinhas,
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molhem o orquídea...