hádor
neste som forte e sufocão
asas de borboleta queimando
onde cinza tem luz
arrumo minha garganta pra poder falar mais o que sai é o som do motor de uma mobilete com problemas na vela
nós queríamos rugir e gritar
nós queríamos estourar baterias
nós temos muita volta-gem dentro
e agora?
e agora meus deus...que toda sensibilidade ancorou no cais de lã podre?
todos os objetos de alumínio ressoando tristeza e angústia sódica
diz-me você, que não é maluco, que não é poeta, que não tem nenhuma desgraça na vida
como a gente cura
essa dor montanhosa e de pedra brita
de querer ser gente
sem ter visto gente ainda
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molhem o orquídea...