o inverno chega domingo. será meu primeiro inverno sob esta nova pele. não sei se ela foi feita pra geadas, nevoeiros, orvalhos frios, dias mais curtos, maior exposição a escuridão e ao abraço.
tenho pena de todos os seres humanos que enfrentam invernos sozinhos em seus casacos marrons ou pretos.
os dias ficam mais exigentes no inverno. tudo cresce na dimensão do toque gelado. tudo aquece. tudo esfria e escorre. tudo molha e fica seco ao extremo.
lareiras, o inverno traz lareiras... cheiro de madeira virando brasa e depois cinza.
meu corpo nu e constrangedor na noite de inverno, amaciaria todas as estrelas frias do espaço sideral,
meu corpo macio sob a coberta macia transformaria todos os sóis em estrelas cadentes, quentes.
as estrelas quentes feitas cadentes,
no inverno do meu corpo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
molhem o orquídea...