20/06/2015

{{: semtato-co

eu não sei vocês, mas, por aqui, nada de novo.
uma canseira sertaneja das pessoas e sua obstinação em ter cascas, sem, para tanto, serem lindas árvores.
aqui, dos meus dias, muito tédio humano.
as voltas com as pessoas dentro e as pessoas com as voltas dentro e o dentro cheio de voltas nas pessoas.
nenhuma mísera verdade.
os poetas e seus poemas de bundas lustradas.
os dias passando logaritimamente, nas perninhas desbotadas das gentes correndo
na rua
na igreja
no sono

e eu, uma relês filha da puta filha também de deus tanto quanto o próprio satã
colocando as mãos nessa coisa morna e xoxa que fica entre uma pessoa e outra
essa coisa gosmenta, inconveniente
esse regular lapso cordial
esse volume baixo
essa textura grossa e mole
esses olhos perdidos e cheios de medo
esses corações abarrotados de insegurança e vigas de aço entortadas
essas mãos eternamente desconhecidas, frouxas e esquecíveis-pó


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