{{: quando a vida vai embora dos olhos dos vivos

neste dia luzinado - raios de sol barulhentos na voz do muro iluminado
neste dia profunfun - rosinhas bulinadas pelas secas de agosto e tremendo seus hermafroditos órgãos sexuais para a lembrança da chuva em seu verde
neste dia de quarta-feira num setembro nada qualquer diante do infinito do universo assombroso
encontro-me diante de ti
e sei que não é nada fácil me encontrar também
já que, como as onças com fome e grávidas na áfrica e os moluscos que sabem que serão engolidos vivos em restaurante caros, sei que a vida está a espreita...beirando nossos cheiros e desejos...ainda mais que a morte.
assuntando se iremos nos desesperar, se iremos manter-nos idiotas ou, se encaremos em nossas mitocôndrias que viver é mais que seguir adiante com as coisas...viver é seguir dentro das coisas, alumiando o coração do caos e da falta de sentido dos acontecimentos da vida com os olhos do amor.