01/01/2016

{{: de vlão em dlão

esse poema vai começar do começo
depois vai em ondas
você vai cair em outro lugar porque rodopiou o circulo do entender
assim: tá num lugar e depois tá noutro parecido  com esse
porque é tudo gente pingando no meio das pernas
os pingos não marcam o caminho
porque tem o mar
e no mar tudo virá tudo uma coisa só - água, pingo, gente, amplidão
então, quer dizer
não tem como saber onde você estava e pra onde está indo
porque eu posso falar que tô com o dedo na minha bucetinha
e isso vai te intrigar
caso eu estivesse falaria sim aqui no poema
não sabemos, portanto, se este é o caso
mas que bobagem uma bucetinha molhada ser o mote de um poema
melhor falarmos de
melhor falarmos de...

chuva
isso, melhor a chuva
que é tão poética e deixa tudo tão dentro de outro dia
não...não queremos falar realmente de chuva

queremos
queremos...
é. ééééé

queremos travar uma conversa poética
afinal, eu não posso fazer um poema porque estou com vontade de dar
não é mesmo? ah. se fuder. falei merda, é claro que posso

este poema é uma sublimação da minha vontade de meter
e podemos chamá-lo de: gemidão da moça

Nenhum comentário:

Postar um comentário

molhem o orquídea...