passarei cola em um por um e vou colar em mim mesma. antes de passar a cola, vou ler, atentamente, a minha auto-indicação.
um papel sobre o outro, formando um armadura de rasgos.
vou escrever em letra garrafais e pregar o traço grosso em minha vista, que é pra meu olho ver bem e não ter desculpa de esquecer.
farei isso sentada na avenida mais movimentada da cidade, pra ver no olhar das pessoas como elas se assustam do mesmo jeito, com o que descobri de mim.
e acreditar, finalmente, que as pessoas, de forma geral, são o que elas são e não o que eu consigo ver delas.
depois de pregar os cartazes e ficar dura por fora e mole por dentro.
depois de aprender pelo olhar das pessoas, por fim, que "meu estranho mundo de jack" não é prático nem tampouco viável, a não ser pra mim mesma.
levantarei
e distribuirei abraços pela avenida:
como um carnaval triste
como um carnaval honesto
como um carnaval bizarro
como um carnaval sem graça
o carnaval de uma mulher só
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molhem o orquídea...