infestamentos
piolho de vaga-lume
e toques de batedeira ligada no útero
tantos fios de camurça descapados
tatuagens bordadas por avós queridas... sentadas na varanda
274 dias e uma apenas noite dormida
nos braços do universo inteirinho
alimentando-me de ninhos de água morna e bolhas de ar coloridíssimas
as duas mãos no chão e os pés no céu
feita pra usar pelo lado de dentro, igual roupa de gente doida e feliz da vida, sem ter nem o quê
zumbidos elis regianos na respiração alterada
e coberta por um pó fino vindo da farinha de margaridas
pareço deslocada
não se enganem...
estou só brotando manchas de existência
como nos mancha a boca uma vagina acordada
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molhem o orquídea...