simbosa gordurada...
tão zujas seus alucilementos - pão de artéria, visões sanguentas dos beijos embranquecidos
mármorada e frialma como lápides dos cemitérios de todas as suas tristes tristezas solidinhas
na bolsa, entre os papéis amassados, balas derretidas e canetas sem tampas, só nada. uma nada de dias, de meses, de anos... tantas vezes a mão procurando... tantas vezes o nada como extensão do osso do braço para a vida.
a língua escatológica de dois metros e meio queria ser serpente, no fundo.
mas... só consegue lustrar o chão da miséria de amores tão ódio... que esfrega toda sua saliva em guimbas de cigarros espalhas pelo chão e ainda acesas.
o que dizer, fazer, mostrar pra você?
não te atirar pela janela
não sufocar seu coração, como hoje ele já gosta de ser sufocado, dado o constante hábito.
fazer-te conversar lentamente com você mesma... até que surja uma audição, depois um olfato, depois uma visão, seus. tão seus como seus segredos mais íntimos, que são contados tão previamente a qualquer um que olhe suas mãos e veja as unhas ruídas, a ferida e as cicatrizes de menina.
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molhem o orquídea...