não precisamos mais de gaiolas
como é bela a contradição humana
contradizer um pouco as coisas é perto de viver
não sinto o gosto de pessoas incoerentes
mas
meu coração degusta os gestos daqueles que se movimentam
afoitos
abandonando as jangadas
errando a nova melodia
estilhaçando plásticos
aqueles que se deslocam e ficam nas sombras
num esforço incontido
para ver o sol ir embora
sem esperar
ainda que o conforto da ordem das coisas diga que amanhã haverá outro pôr-do-sol
não... a sede alonga a matéria do tempo
aqueles que necessitam banhar a cara dos resquícios fundamentais do sol do dia
este desespero
este flagelo
é vida
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molhem o orquídea...