depois deite no portal da porta, quase no tempo. não vá para dentro. não tente entrar. para que eu saiba que preciso fazer chover sobre sua pele ressequida de ficar entre.
trarei em minhas mãos aquilo que colhi de mim pelo caminho. isso será como gérberas ou pequenos limoeiros numa cesta. colhidos pela raiz.
numa estrada de pó solto arrasada pela solidão do barulho das carroças. uma estrada para outra estrada, estarei esperando-lhe. com os pés sujos. de vestido solto e curto. descabidamente irradiante. feito o sol que consegue ficar bonito, mesmo na terra rachada pela seca. não terei água. não terei sombra, porque o mar estará próximo e já será maior do que o tamanho dos nossos parcos dias e suas parcas vontades, sedes e sombras.
gosto quando as pessoas são decentes com elas mesmas. então, resguarde seu coração para que ele não fique um mulambo esfarrapado.
talvez, não nos reconheçamos de imediato. talvez, passemos distraídos um pelo outro, por um tempo. até que meu corpo, finalmente, use suas trincas como fechaduras para a chave que estará em suas mãos.
que estará em suas somente se você tiver procurado bem por você mesmo.
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molhem o orquídea...